Dizem que para casar é preciso namorar muitos anos, comprar uma casa e fazer uma festa magnífica. Outros, dizem que se você não se veste de branco e não se casar na igreja não dá certo, etc. Enfim, todas as crenças são diferentes.
No Oriente costumava-se planejar casamentos sem que os noivos se conhecessem, de modo que com o passar dos anos o amor surgisse, e tudo bem…
O assunto é longo e controverso, mas pelo menos há certos pontos nos quais a maioria parece concordar: o amor precisa ser cultivado dia após dia!
Um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revelou que as pessoas que se casam em torno dos 18 anos têm uma probabilidade de 60% de se divorciar do que aqueles que fizeram após os 23 anos.
É importante fortalecer certos laços e reconhecer um ao outro durante o relacionamento, mas dar o grande passo aos 18 é precipitado, nessa idade ainda existem labirintos de personalidade demais para resolver de forma independente.
De acordo com um estudo da Universidade de Pavia, na Itália, o estado de paixão dura cerca de um ano por motivos naturais. A psicóloga Helen Fisher comenta que eventualmente o desejo de estar em contato com a outra pessoa o tempo todo diminui involuntariamente, isso porque o cérebro começa a sentir interesse pelos outros.
Fisher esclarece que isso acontece por um bom motivo: evolução. “Estar ciente de alguém o dia todo cansa a mente…”
Além disso, parte desse processo é renovar o relacionamento e desfrutar de bons momentos.
Estar apaixonado é um processo hormonal e psicológico, razão pela qual o psicólogo canadense Eric Berne afirmou que cada um de nós opera em “três estados do ego” que são essenciais:
– O pai: o que eles me ensinaram.
– A criança: o que eu sinto.
– O adulto: o que aprendi.
Esses estados são transformados durante os relacionamentos amorosos por meio de um processo psicológico:
– O pai: temos os mesmos valores e percepções sobre o mundo e a vida?
– A criança: nos divertimos o suficiente? Nós fazemos o que gostamos?
– O adulto: temos a mesma capacidade de lidar com os problemas? Podemos ser responsáveis juntos?
Continuando com essa teoria, não importa o quão incompatíveis os casais sejam, desde que essas perguntas possam ser respondidas afirmativamente.
Em 2014, o estudo do National Bureau of Economic Research descobriu que a maioria dos casais que se mantinham juntos o faziam devido à amizade cultivada entre eles.
Segundo o estudo, a amizade é um vínculo ainda mais forte do que o amor e muito mais leal, portanto, a confiança que os casais amigos têm é forte.
Mais de 60% dos americanos reafirmaram que compartilhar as tarefas domésticas é essencial para a convivência. Entre as opiniões ficou claro que se trata de um trabalho em equipe e, portanto, cada um deve fazer o que é melhor para si.
Se um lava os pratos, o outro cozinha; se um limpa a casa, o outro arruma.
Depois de muito tempo namorando você tende a achar que é possível conhecê-lo completamente, mas na verdade não é bem assim. Os seres humanos são seres mutáveis e, no final do dia, a única coisa que guardamos é a nossa essência.
Vários estudos mostram que anos de relacionamento aumentam a confiança, mas não necessariamente o conhecimento dos detalhes um do outro. Segundo psicólogos e terapeutas, não saber tudo é natural e muito positivo, pois sempre existe a possibilidade de renovação.
Vivendo juntos, tarefas, responsabilidades, tristezas e alegrias são compartilhadas, a vida se torna uma e por isso o apoio entre os dois é tão necessário.
Na convivência, muitos aspectos de uma pessoa são compartilhados, algo como uma violação da privacidade voluntária e a única maneira de não se sentir invadido pelo “amor” é sempre reservar espaço para a independência e o desenvolvimento pessoal.
Ambos são pessoas diferentes com interesses diferentes que podem desfrutar separadamente.
O Carnegie Mellon convidou um grupo de casais a fazer amor por 90 dias consecutivos e outro a fazer em sua frequência normal. Em conclusão, foi demonstrado que os casais que permaneceram em seu ritmo normal estavam muito mais satisfeitos do que aqueles que faziam todos os dias.
Neste caso, aplica-se! Menos quantidade e mais qualidade!
Ao contrário da crença popular de que tudo deve ser compartilhado, um estudo da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, sugeriu que as pessoas que dependem financeiramente de seus parceiros são mais vulneráveis à trapaça.
A resposta se baseia no fato de que a independência financeira é consequência de uma atividade ou do desenvolvimento pessoal, o que contribui fortemente para reafirmar a segurança emocional e a autoestima.
Uma pessoa insegura não será capaz de ser fiel ao seu parceiro.
A renomada Universidade da Califórnia, Berkeley, mostrou em um estudo que casais que se admiram têm mais probabilidade de ficar juntos do que qualquer outro.
A admiração é encontrada no aprendizado eterno sobre algo, e se o ensinamento vier de alguém que você também ama, é ainda mais forte.
A admiração é o sentimento de valorizar o saber do outro, e o saber não acaba… muito diferente do amor.