Se você tem filhos ou animais de estimação em casa e também gosta de plantas, talvez já tenha se perguntado várias vezes as mesmas perguntas: esta espécie é perigosa? Acontecerá alguma coisa se meu cachorro morder? Será arriscado se meu filho colocar na boca? Neste universo de dúvidas constantes que é a jardinagem, estas são algumas das dúvidas mais frequentes.
Em primeiro lugar: não se trata de plantas malignas que emitem substâncias tóxicas que causam danos irreparáveis quando inaladas, ou que causam graves problemas de pele quando tocadas. Em geral, estamos falando de plantas com substâncias ou compostos químicos que, quando consumidos, podem causar diversos efeitos (principalmente se estiverem em quantidades consideráveis).
Reunimos esta pequena lista de espécies que são muito comuns como plantas de interior, mas com as quais é preciso ter cuidado nestes casos:
Famosa entre as suculentas por suas flores de diversas cores, a flor-da-fortuna possui aproximadamente 150 espécies de plantas que são utilizadas principalmente em ambientes internos graças à sua resistência. Precisa de pouca luz e pouca rega.
Mas não se engane, por trás dessa beleza esplêndida está um composto químico que causa sintomas gastrointestinais como vômitos e diarreia e, em algumas exceções, arritmia. Isto se deve ao bufadienolide, encontrado principalmente nas flores, mas também nos caules e folhas.
Esta é sem dúvida uma das plantas que deve ser mantida fora do alcance de crianças e animais de estimação.
Conhecida como “a flor do Natal” por suas flores vermelhas, esta é uma das plantas mais tóxicas para os animais de estimação, pois apenas tocá-la pode causar irritação e coceira. Ao ser ingerido, pode ocorrer febre, hipersalivação, vômito e diarreia, mas se entrar em contato direto com os olhos pode causar conjuntivite e lacrimejamento.
Essa reação se deve à alta concentração de euforbina, mais conhecida como seiva, que contém propriedades tóxicas para caninos e felinos. Porém, no caso dos bebês não representa nenhum perigo significativo e, embora possa causar desconforto, não é considerado tóxico.
Segundo a Biblioteca Nacional de Medicina, o impacto desta planta no ser humano depende da quantidade ingerida, embora “quanto mais rápido a pessoa receber ajuda médica, maiores serão as hipóteses de recuperação. Esta planta não é considerada tóxica. Muitas vezes as pessoas se recuperam totalmente.”
É tóxica! Conhecida pelas suas folhas verdes brilhantes que podem estender-se até 20 metros. Embora não represente um risco por si só, se ingerido causa irritação das mucosas, diarreia e vómitos. Além disso, pode causar queimação nos lábios, boca, língua e dificuldade para engolir.
Essa reação é causada pelos cristais de oxalato de cálcio presentes em suas folhas, que são insolúveis no trato digestivo e acabam afetando a absorção do cálcio alimentar no intestino. O consumo prolongado dessas plantas geralmente causa distúrbios esqueléticos.
Uma das preferidas na jardinagem de interior é a costela-de-adão, que pelas suas folhas particulares deslumbra tanto iniciantes como especialistas na área. Porém, contém oxalatos de cálcio, que podem causar fortes dores na boca, salivação excessiva, edema, vômito, inchaço da língua e diarreia.
A Dieffenbachia Amoena é uma das preferidas de interior pelas suas folhas verdes manchadas que dão cor a qualquer espaço. Resistente a condições com pouca luz solar e pouca rega, essa planta possui oxalatos de cálcio em suas folhas, que podem causar reação gastrointestinal negativa como dor na boca, vômitos e diarreia tanto em animais de estimação quanto em humanos. Os sintomas dependerão da quantidade ingerida.