Você é daqueles que acham que a humildade é a melhor virtude do ser humano? Em caso afirmativo, você ficará feliz em saber que existem muitas maneiras de fazer essa prática tão necessária, bonita e inspiradora. Descubra abaixo.
O que é para você ser humilde? Você vê essa atitude como necessária? Algumas pessoas pensam que realizar essa prática é pouco mais que uma ameaça ao seu “eu”. Em uma sociedade altamente competitiva, a humildade é percebida como uma forma de fraqueza. É como se permitir ser um capacho que todo mundo pisa e que ninguém respeita.
Ora, engana-se quem assume esta ideia. A humildade é mais do que uma virtude humana: estamos diante de uma força cognitiva capaz de promover o bem-estar psicológico. Porque esta dimensão vai além de ser compassiva e retirar todo artifício do nosso comportamento para nos mostrarmos de forma simples e autêntica. É também uma maravilhosa arte mental.
Uma pessoa também é humilde quando renuncia a certos padrões de pensamento que alimentam julgamentos de valor perigosos, por exemplo. É saber se libertar da inércia daquele foco mental que não se questiona e que, quase sem perceber, reforça crenças irracionais e padrões mentais negativos.
Existem muitas formas de colocar essa área em prática e todas elas podem nos beneficiar.
“O segredo da sabedoria, poder e conhecimento é a humildade.” – Ernest Hemingway
Tradições religiosas e espirituais, como o budismo, enfatizam que uma maneira de alcançar a iluminação é ser humilde. De alguma forma, o ser humano integrou este termo como uma forma de comportamento altruísta em que existe um interesse constante no bem-estar dos outros. No entanto, ser humilde também implica cuidar de si sem que isso se traduza em egoísmo ou narcisismo.
Do ponto de vista psicológico, a humildade nos leva ao que conhecemos como neutralidade emocional. Um exemplo disso é não precisar ser melhor que ninguém ou se colocar sempre acima dos outros (ou abaixo deles). É um processo de auto aperfeiçoamento gradual em que o reflexo competitivo é desconectado para ativar o reflexo de reflexão.
É como o psicoterapeuta Fritz Perls nos apontou em sua época: “Eu sou eu e você é você; Não estou neste mundo para corresponder às suas expectativas, e você não está neste mundo para corresponder às minhas.” Adotar essa abordagem pode ser tão catártico quanto libertador, que nos permitiria colocar em prática diferentes tipos de humildade.
A humildade intelectual é a capacidade de fazer uso da flexibilidade do conhecimento, admitindo os próprios erros e deixando claro que não sabemos tudo. Só quem está aberto a novas ideias pode alcançar a sabedoria, só quem entende que não existe uma verdade universal poderá chegar a acordos com os outros.
A Universidade de Cambridge realizou um estudo no qual demonstrou algo evidente relacionado a este assunto. A humildade intelectual é essencial para evitar preconceitos ao avaliar as próprias crenças.
Essa capacidade não é apenas uma virtude de caráter, requer um esforço cognitivo constante para reconhecer que somos falíveis e que sempre podemos melhorar.
Entre todos os tipos de humildade, a referente à cultura é uma das mais decisivas. Define nossa capacidade de evitar o preconceito e a discriminação ao entender que nem nossa raça, cultura, identidade ou religião é melhor do que qualquer outra.
Ser culturalmente humilde nos impede de cair no racismo em todas as suas formas.
Costuma-se dizer que o mundo pertence aos jovens. Seja por sua força, sua beleza ou suas supostas habilidades, presume-se que só eles são válidos em quase todas as áreas. Isso faz com que algumas pessoas façam discriminação contra os idosos e o adultocentrismo (discriminação contra crianças e adolescentes).
A humildade intergeracional nos permite assumir que cada pessoa, independentemente da sua idade, é importante, válida e digna de ser apreciada e ouvida.
Você pode ter habilidades extraordinárias e talento excepcional em mais de uma área. No entanto, isso não o torna melhor do que ninguém. Além do mais, talvez em algum lugar haja alguém que supere você em habilidades e resolução.
Isso, sem dúvida, nos obriga a reduzir o orgulho, entendendo que às vezes, mesmo quando alguém é um especialista, ainda é um aprendiz na jornada da vida.
Ser humilde em nossas habilidades nos permitirá entender que não sabemos fazer tudo e que sempre há algo mais que podemos aprender.
“A humildade, como aprendi, não tem nada a ver com mansidão. Humildade é estar aberto às ideias dos outros.” – Simón Sinek
Este é um dos tipos de humildade que mais contribui para a felicidade. Quando foi a última vez que você foi surpreendido por algo? A maravilha é a capacidade de perceber a beleza da vida cotidiana, de apreciar nuances extraordinárias e detalhes incomuns.
Somente quando nos deleitamos com todo o bem que nos cerca, por mais simples que seja, alcançamos a verdadeira felicidade.
Só quem olha em volta pelo filtro da humildade fica maravilhado com as maravilhas que os cercam. Para isso, devemos atender ao que nos cerca sem pensar em lucros, interesses ou desejo competitivo. Basta apreciar o que se abre diante de nós aqui e agora. Nada mais. Por que não tentar?
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SER HUMILDE É UM EXERCÍCIO QUE EXIGE UM GRANDE ESFORÇO. POIS É MUITO DIFERENTE DE SER ARROGANTE E EGOÍSTA. O QUE É MAIS NATURAL NO SER HUMANO.