Edward Lorenz escreveu pela primeira vez um estudo sobre essa teoria para a Universidade de Nova York em 1963. Referindo-se à observação de um meteorologista de que a batida da asa de uma gaivota pode influenciar o clima, Lorenz acreditava que os processos climáticos poderiam mudar milhares de quilômetros da batida da asa de uma borboleta.
“Uma borboleta voando no Brasil pode causar um tornado no Texas?” perguntou Lourenço.
O efeito borboleta nada mais é, portanto, do que uma tentativa de sugerir a impossibilidade de prever sistemas complexos, como o clima, o mercado de ações e a psique humana. Por exemplo, o clima é um sistema caótico e complexo, cuja evolução não pode ser prevista em um tempo determinado e previsível.
Bem, claro, esse modelo também pode ser aplicado a processos naturais, onde as borboletas são representadas por bilhões de pessoas e suas atividades.
É hoje um fato indiscutível que a atividade humana tem um impacto significativo na ecologia do nosso planeta, pois basta olhar à sua volta e já se vê que os nossos mares e oceanos estão cada vez mais poluídos, o solo está cada vez mais saturado de produtos químicos e metais pesados, a poluição do ar é mais alarmante a cada ano e a biodiversidade também está em declínio severo, cada vez menos espécies vivem na Terra.
O biólogo da Universidade de Harvard Edward O. Wilson prevê que até 2100, metade das espécies animais e vegetais do planeta podem desaparecer. Além disso, segundo uma pesquisa do Museu Americano de História Natural, 7 em cada 10 biólogos são da opinião de que a extinção em massa de espécies se deve muito mais à presença humana do que, por exemplo, ao aquecimento global.
No entanto, o efeito borboleta também pode ter retornos positivos, pois se um grupo de pessoas simultaneamente começa a economizar energia, produzir menos lixo e reciclar a maior parte dele, pode iniciar um grande processo que melhora o estado da natureza e o meio ambiente.
Portanto, não importa em que estado deixamos para trás nosso planeta, que na verdade emprestamos para nossos filhos e netos, então não podemos esperar de braços cruzados para que eles corrijam nossos erros, porque pode não haver nada para salvar até então.