Neste artigo analisaremos se é verdadeiro ou falso que o dinheiro não te faz feliz, a partir de cinco perspectivas, para que você possa tirar suas próprias conclusões.
“Dinheiro não compra felicidade”: você não conhece essa afirmação? Se você lê as
notícias ou segue aquelas pessoas nas redes sociais que afirmam ter a fórmula mágica
para ficar rico em um mês, você pode pensar assim.
Isto acontece porque, socialmente, o dinheiro e a fama são considerados objetivos importantes e tenta-se incutir que são fundamentais para qualquer ser humano.
Porém, como poderíamos dizer que são símbolos externos e provavelmente até superficiais, muitas vezes levam à infelicidade e ao estresse.
Pessoas ricas que ficam deprimidas, viciadas ou tentam contra a própria vida depois de chegar ao fundo do poço também reforçam essa ideia. Por outro lado, há pessoas que têm muito dinheiro e vivem felizes e plenas, juntamente com pessoas sem dinheiro e que também não têm dinheiro. E muitos destes últimos também ficam deprimidos e passam por estados emocionais de grande adversidade.
Como vemos, não existe uma regra geral que abranja a todos.
A felicidade é uma experiência subjetiva e cada pessoa tem o termostato dentro de si.
Na minha percepção, o dinheiro não te deixa feliz, embora possa te ajudar a atingir determinados objetivos que você estabeleceu para si mesmo.
Pude verificar, trabalhando com dezenas de milionários, que muitos deles se relacionam com culpa pela fortuna que possuem: é como se essa fortuna os tivesse possuído e, portanto, não desfrutam, apreciam ou geram a experiência interna de satisfação que gostariam de encontrar.
A culpa em muitos casos é a forma como a fortuna foi obtida. Este marcador é bem diferente em pessoas que o herdaram ou o receberam de alguma forma inesperada, e em outras que o geraram com seu esforço. A percepção é completamente diferente.
Uma boa maneira de começar a redefinir essa frase limitante é pensar em um legado, algo que te transcende além do dinheiro que você tem ou não.
Conheço casos de pessoas com recursos econômicos muito limitados e completamente felizes, pelo simples fato de ajudarem os outros.
Tal como os bilionários que fazem enormes contribuições para a humanidade com tudo o que têm à sua disposição, incluindo alguns que doaram completamente as suas fortunas.
5 Perspectivas sobre dinheiro, felicidade e estabilidade emocional
Neste artigo analisaremos se é verdadeiro ou falso que o dinheiro não te faz feliz, a partir de cinco perspectivas, para que você possa tirar suas próprias conclusões.
Primeira perspectiva: Felicidade e bem-estar são coisas diferentes
No nível cerebral, existem picos de alegria que as pessoas geram ao secretar picos curtos e específicos de serotonina, adrenalina e dopamina, que fazem parte dos neurotransmissores associados ao prazer.
É por isso que, com razão científica, pensamos que a felicidade são momentos.
Por outro lado, o bem-estar inclui momentos de felicidade, e é um estado interno mais estável e duradouro que pode ser desenvolvido através de comportamento, atitude e emoções.
Na abordagem da psicologia existe o que se chama de “teoria dos pontos de ajuste hedônicos”, que é justamente o ponto de referência interno que cada pessoa tem sobre o que é felicidade para ela.
Os acontecimentos da vida definem em grande parte essas referências; por exemplo, o número de marcos positivos significativos, como ter um filho tão esperado, ganhar muito bem e ter uma saúde muito boa; ou negativa a partir da interpretação que cada um faz, como perder o emprego, falir ou ter uma doença muito desafiadora.
Quanto ao fato de que dinheiro não compra felicidade, a psicologia estudou que esse ajuste ocorre para algumas coisas e não para outras.
Por exemplo, a obtenção de bens materiais, por mais abundantes que sejam, produz um curto pico de euforia, enquanto o que está relacionado com marcos pessoais positivos o faz por um longo período de tempo.
Alguns recursos práticos: Detecte os pontos importantes de bem-estar em você e no seu ambiente; Ajuste-os para manter um equilíbrio saudável e, como afirma o Budismo, um estado de “contentamento” que lhe permita equilibrar o que você tem com o que você sente e seus objetivos de vida.
Tudo isso é conseguido trabalhando o autoconhecimento e a inteligência emocional e financeira.
Segunda perspectiva: a economia diz que quanto mais você tem, melhor você se sentirá por dentro
Contrariamente aos princípios da psicologia, um imenso número de economistas defende que o dinheiro traz felicidade. Partindo desse pressuposto, seria muito fácil tornar as pessoas mais felizes, porque o bem-estar pessoal poderia ser melhorado através do aumento dos rendimentos.
Mas como é que os mercados e eles próprios lidam com isso todos os dias? O que acontece com as medidas governamentais em que o dinheiro é dado às pessoas pobres, e elas se tornam cada vez mais pobres e infelizes, não apenas essas pessoas, mas os estados que usam essas dádivas, e os contribuintes que obrigatoriamente as financiam com os seus impostos?
Por mais que você aumente sua renda, se ela não for compensada pelo que está dentro da pessoa (amigos, família, saúde, relações saudáveis consigo mesmo e com os outros, etc.), a felicidade não será alcançada.
Recursos práticos: Avalie quanto tempo duram os picos de felicidade na aquisição de bens materiais e quanto tempo duram as experiências interiores profundas.
Você pode registrar os destaques da sua vida e lembrá-los com clareza.
Tire conclusões sobre o que você pode melhorar para sentir um estado de bem-estar mais sustentado ao longo do tempo, independentemente de seus objetivos e conquistas em qualquer área.
Terceiro: Crenças limitantes sobre dinheiro
Além da frase-gatilho de hoje, há muitas outras que incutem ditados populares e que limitam a relação com o dinheiro e, portanto, alcançá-lo se esse fosse o seu objetivo.
Abundância não tem a ver com dinheiro: trata-se de mudar o seu estado de espírito. Se você rejeita algo, tudo o que consegue é resistir; e tudo que você resiste, persiste com mais força.
ALGUMAS CRENÇAS POPULARES SÃO:
- O dinheiro é ruim/sujo: portanto, você é um reflexo disso.
- Se você tem dinheiro, deve ter feito algo ruim: incentiva “os pobres, mas honestos” ou “eles roubam, mas roubam”.
- O dinheiro é só para ricos: desprezo e preconceito infundado para quem gera e dá trabalho, por exemplo.
- O dinheiro só traz problemas: como se ele fosse o culpado da sua bobagem mental.
- Meus pais tiveram dificuldade em ganhar dinheiro, então eu também:
- Não há o suficiente para todos.
- Se tenho dinheiro, sou uma pessoa má.
- Quanto mais você tem, mais você quer.
Como ferramentas: se você mudar suas cadeias de crenças limitantes com alguns pontos de partida, verá como, em alguns anos, sua vida dará uma guinada importante na direção que deseja alcançar.
Sempre sugiro equilibrar experiências internas de bem-estar e felicidade com conquistas materiais.
Quarta perspectiva: A má publicidade da palavra ambição
Não há nada de errado em querer ter muito dinheiro; A questão é se tornar ganancioso.
A palavra “ambição” foi colocada na categoria de termos quase proibidos por todas as pessoas que não se sentem dignas de abundância em nenhum aspecto, até mesmo no dinheiro. No entanto, não há nada de negativo na ambição em si.
Uma ambição saudável leva você a perseguir seus objetivos e metas, a promover seu desenvolvimento e crescimento em qualquer aspecto e a aproveitar o que está conquistando.
Para trabalhar esse aspecto: desenhe um plano de vida que inclua uma proposta para sua economia e finanças pessoais e familiares. Adicione seu plano de desenvolvimento pessoal e profissional consistente com seus valores. Desde quanto você quer ganhar e como vai fazer, até como vai aplicar o que produz.
Quinto: O paradigma de trabalhar duro para ter mais dinheiro
Essa crença merece um espaço à parte, pois é geradora de transtornos de ansiedade na maioria das pessoas imersas em uma sociedade infeliz.
Em vez de trabalhar arduamente, o conceito de “trabalhar de forma inteligente” está a tornar-se cada vez mais comum.
Para conseguir isso, comece a analisar seus fluxos de trabalho e onde você concentra sua energia, esforço e tempo.
Otimizar esses três recursos não renováveis vai te ajudar a melhorar a relação entre tempo, produtividade e resultados, inclusive o dinheiro que você ganha. Quanto mais você otimizar, mais eficaz você será.“O dinheiro não pode comprar felicidade, mas a pobreza também não.” Esta frase de Leo Calvin Rosten resume que em nenhum dos extremos alcançaremos uma sensação de bem-estar e felicidade: o equilíbrio pode ser a grande chave.