Segundo a crença cristã, depois que uma pessoa morre, sua alma percorre um determinado caminho definido. Os dias mais importantes para a alma são o terceiro, o nono e o quadragésimo dias após a morte.
Nestes dias, parentes e amigos se lembram do falecido. Mas poucas pessoas sabem por que esses dias são tão importantes para a alma do falecido e o que exatamente acontece com ela durante esse período.
Diferentes religiões cristãs – católica, protestante ortodoxa e outras denominações – mostram grande diversidade em sua interpretação da jornada da alma após a morte. A interpretação da fé ortodoxa é apresentada com mais detalhes abaixo.
Os três primeiros dias
Durante os dois primeiros dias, a alma do defunto fica completamente livre, junto ao seu corpo, ou em locais onde foi feliz da sua vida, junto dos seus familiares e amigos.
No terceiro dia, quando o funeral e o enterro são realizados, a alma é chamada diante de Deus para se preparar para o julgamento.
Do terceiro ao nono dia
Durante esses dias, a alma está no Paraíso para aprender sobre a vida daqueles santos e justos que aqui vieram após a morte. Aqui a alma se esquece da dor, da vida terrena e dos parentes e permanece no Paraíso por seis dias.
No nono dia, os anjos o trazem novamente diante de Deus para ser julgado.
No nono dia, parentes e amigos se lembram do falecido e oram pela salvação de sua alma e para que ele vá para o Paraíso. É por isso que este dia não é um momento de tristeza, mas de lembrança.
O quadragésimo dia
Depois que a alma aparece diante de Deus pela segunda vez no nono dia, os anjos a levam para o Inferno para ver o sofrimento dos pecadores, e no quadragésimo dia ela aparece novamente diante de Deus, e então é finalmente decidido onde a alma de os defuntos irão, para onde o Juízo Final aguardará o dia em que o destino de todos os cristãos for decidido.
Portanto, quarenta dias após sua morte, os parentes rezam novamente pela alma do falecido, pedindo a Deus que o aceite no Paraíso.
Essa é a visão da religião ortodoxa sobre a vida após a morte e, nessa crença, durante os três primeiros e, mais amplamente, os primeiros quarenta dias após a morte, parentes e amigos tentam facilitar a entrada da alma no Paraíso rezando e relembrando memórias agradáveis.